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  • Foto do escritorFruidores de Arte

Relato sobre Ateliê da Criança edição de janeiro - 2020



O primeiro ateliê de 2020, deu largada num domingo nublado, com ar de chuva no fim da tarde. Nossos artistas (crianças) chegaram com olhos atentos à nossa instalação de tintas naturais... tudo estava pronto para recebê-los, de forma simples e bem colorido. Iniciamos sempre com um recolhimento, descontração e concentração ao som do tank-drum, que propõe uma atmosfera meditativa. Prontos, demos início ao nosso círculo de boas vindas, elo e criação coletiva. Uma presença marcante no nosso encontro, foi a paixão do Gui por criar e ouvir histórias de terror. Ele conduziu nosso círculo de continuação de estórias para um lugar de mistério, suspense e muito divertido.. pois, as estórias são sempre floridas, encantadas e ele deu uma nova perspectiva para o momento e então surgiu a estória "A Flor Carnívora". Daí, partimos para confecção de capas artesanais e documentação dessa estória criada. O momento de colocar forma, traços, cor, corpo e rosto para as personagens, é sempre surpreendente. Cada criança cria uma versão da mesma estória, o que enriquece a troca entre eles. A flor ganhou muitas cores, através das tintas naturais e, principalmente, textura e odor. Uma estória com cheiro de café fresquinho, literalmente. :) O que também nos surpreendeu, foi a chuva que veio com frescor e movimentou todos em cooperação para transferir os materiais para o segundo ambiente da Casita. O urucum também foi uma estrela a parte, pois deu margem à pintura corporal, o que causa espanto, curiosidade e, as vezes, aversão a novidade. Ressalto, também, a liberdade das crianças em dizer não à algumas propostas, por não se identificarem com a atividade ou pela particularidade de cada um em viverem momentos diferentes e buscarem referência e construção de repertório em algo mais focado. Isso é excelente também. Nossa convidada, artista visual Ana Carolina Cino, nos presenteou com uma história de muito suspense: "A mula sem cabeça", uma semelhança entre a lenda e um fato que ocorreu em seu passado. É claro que teve muita "sujeira boa", como um bom ateliê de arte com pintura, colagem e desenho. E muito sorriso sincero, muitas trocas de saberes também entre os adultos. Assim seguimos muito inspirados para o ateliê de fevereiro.

Grata a todos os envolvidos nessa jornada.


- Carolina Rainho -

idealizadora e mediadora do projeto

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