Um tanto de caos, movimento e desejo com pitadas de riso, amor, stress, sofrimento, angústia e pulsação criativa. Tudo isso e muito mais no liquidificador de um processo de criação que poderia se falar de muitos casos, mas aqui me refiro ao nosso (e digo nosso no sentido amplo da palavra) espetáculo “Hotxuá e a festa da batata”.
Estamos há poucas semanas de estrear o espetáculo e trabalhando os detalhes de cada cena para tudo ocorrer da melhor forma possível. Cenário, figurinos e som prontos. Estamos ansiosos para o nosso encontro com as crianças! Compartilhar sobre um assunto tão potente e inédito para grande maioria do público em geral é de uma tremenda responsabilidade e se tratando da cultura indígena brasileira, essa responsa aumenta ainda mais. Conscientes disso, cuidamos com muita atenção de sermos mensageiros fiéis das palavras dos indígenas nos mínimos detalhes, algo que decidimos fazer e seguir desde o início dos nossos trabalhos como grupo imbuídos para de alguma forma objetiva ou subjetiva contribuirmos com o que estiver em nosso alcance para mantermos o céu suspenso em tempos extremamente adversos, desafiadores e incertos que (sobre)vivemos. Incerteza viva que convivemos diariamente como seres humanos, pais, mães, educadores, pensadores, artistas (...) que gera movimento, amor, dor, fé, coragem e pulsações criativas.
Desejamos que quando nos encontrarmos em alguma sessão do espetáculo este encontro seja uma possibilidade de expansão de potência de vida, respeito, esperança e resistência. Assim é.
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